O QUE É INFLAÇÃO
Em economia, inflação é a queda do valor do dinheiro. Isso é equivalente ao aumento geral de preços, estimulado muitas vezes pela lei da procura e oferta: quanto maior a procura por um produto, maior fica seu preço.
Externamente, a inflação se traduz por uma desvalorização da moeda nacional frente as outras.
Outro processo que envolve a inflação é a deflação. Deflação é quando os preços recuam, pode ser gerada pela baixa procura ou pela maior oferta. Esse processo pode parecer bom num primeiro momento, mas isso acontece porque muitas empresas têm que reduzir os preços para poder vender e isso pode levar uma empresa a falência.
INFLAÇÃO NO BRASIL
A inflação no Brasil tem origem no governo de Dom Pedro I inaugurada por uma dívida de dois milhões de libras esterlinas, usadas na “compra” da nossa independência.
No primeiro governo republicano surgiu a figura de um intelectual chamado Rui Barbosa, que ocupou o cargo de Ministro da Fazenda. Em sua gestão, Rui Barbosa procurou modernizar a economia nacional permitindo que os bancos fabricassem papel-moeda sem lastro ouro e facilitando a contração de empréstimos para a criação de empresas.
A medida, apesar de bem intencionada, gerou uma enorme crise especulativa que promoveu uma onda de empréstimos seguida pela injeção massiva de papel-moeda na economia. Isso causou uma grande crise inflacionária.
Com a fase de desenvolvimento econômico e industrialização promovida nos governos de Vargas e JK, os índices aumentaram. As greves e a incerteza política elevaram a inflação para 90% ao ano.
No governo militar, principalmente entre os anos de 1969 e 1973, a economia experimentou uma onda de crescimento propiciado pelo chamado “milagre econômico”. Esse teve curto período de vida, principalmente em razão da crise que se abateu sobre a economia mundial e o modelo de desenvolvimento artificial gerado do tal “milagre”.
Na década de 1980, o problema da recessão econômica acabou transformando a inflação em um companheiro presente na mesa de todos os brasileiros. A desvalorização da moeda chegou a tal ponto que os produtos do supermercado, por exemplo, eram reajustados mais de uma vez ao dia. Nessa mesma época, a criação de diferentes moedas era tentada para se conter o caos da inflação e diversos planos econômicos tentavam dar uma solução definitiva para a questão.
Os famosos planos Bresser, Cruzado e Collor tentaram controlar a inflação que depois da redemocratização passou de 72,53% em 1986, para incríveis 1.972,91% em 1989. A classe média nesse período foi a mais afetada que chegou a ter suas poupanças bloqueadas por um tempo no governo Collor. Passado o impeachment do presidente Collor, o então ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, anunciou mais um plano econômico, o Plano Real. O índice da inflação caiu de 916,43% em 1994, para 22,41% em 1995.
Desde o lançamento do Plano Real, a taxa da inflação se mantém praticamente estável, tirando os sobressaltos provocados por crises internacionais. Para manter a inflação num patamar aceitável, o Banco Central usa desde 1999 a chamada Meta de Inflação. Trata-se de uma taxa que é estabelecida para o ano. O governo precisa trilhar caminhos durante o ano para alcançar essa meta e mostrar credibilidade perante o mercado internacional, que está sujeito a fortes crises. Mostrar que a inflação está controlada garante investimentos externos e blinda a economia durante uma crise internacional, onde o capital é retirado dos países emergentes e aplicado em economias estáveis.
CONCLUSÃO
Estamos em um circulo vicioso: crescimento econômico significa mais emprego e aumento do poder de compra da população; aumento do poder de compra da população significa aumento da taxa de inflação.
Este é um processo que pode e tem que ser controlado pelos governos. O brasileiro já sofreu muito com taxas astronômicas, onde os preços aumentavam todos os dias. Hoje passamos por uma calmaria, mas que é muito criticada pelos empresários, que condenam a alta dos juros para controlar a inflação, o que gera um crescimento muito pequeno da economia. O Brasil precisa encontrar um ponto de equilíbrio para manter a inflação baixa e aumentar o crescimento econômico.
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